sábado, 26 de outubro de 2019

Aqui nasceu...





Ocidente

"... historiador dos descobrimentos portugueses, produzindo diversas obras destinadas a sustentar a primazia da presença portuguesa em várias regiões,...
Era membro da Academia Real das Ciências de Lisboa, do Institut de France e de múltiplas academias e organizações científicas estrangeiras, sendo à época um dos intelectuais portugueses com maior projecção internacional.
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Aquele ofício de 24 de Março, que os liberais encontraram na Secretaria de Estado após a tomada de Lisboa, foi publicado na Chronica Constitucional de 17 de Setembro de 1833 e faz jus à lucidez de espírito e à perspicácia política do visconde de Santarém.
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Quando D. Miguel se viu obrigado a aceitar a convenção de Évora Monte e a partir para o exílio, o visconde veio a Lisboa, reconheceu o governo constitucional, e pediu regularmente o seu passaporte, o qual lhe foi passado a 11 de Junho de 1834. Nos dias imediatos partiu para Paris, para um exílio de que jamais regressaria.
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Foi cultor da cartografia, criando o termo numa carta de 8 de Dezembro de 1839, dirigida de Paris ao historiador brasileiro Francisco Adolfo de Varnhagen.

Os seus estudos sobre cartografia histórica são notáveis, mantendo-se até à actualidade como uma das principais fontes para o estudo da matéria. Neste campo, a sua obra Atlas composé de cartes des XIVe, XV, XVI et XVII siécles pour la plupart inédites, et devant seuvir de preuves a l'ouvrage sur la priorité de la découverte de la Côte Occidentale d'Afrique au dela du Capo Bojador par les portugais, é um verdadeiro monumento bibliográfico que se mantém central para o estudo da evolução da cartografia e da mundividência europeias.
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(ler+)

domingo, 13 de outubro de 2019

JOÃO PENHA



I.P.

NOVA MUSA

Sem pena alguma, sem amargo pranto,
A minha lira abandonei de outrora.
Oh! quantas vezes a minha alma cora
Das alegres canções que amara tanto!

Nem àqueles que me amam cause espanto
Se nesta fase em que me encontro agora,
Cercada a fronte dum clarão de aurora,
Eu, de Tenório me transforme em santo!

Que mudança, senhora, em mim fizeste:
O vate da alegria, ei-lo defunto;
Outro mais grave as suas formas veste!

Cantei o paio atroz, o vil presunto;
Agora és tu, só tu, musa celeste
A minha inspiração, a meu assunto!

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