sábado, 25 de novembro de 2023

Pedro Homem de Mello

 

D.L.


Não Choreis os Mortos

Não choreis nunca os mortos esquecidos
Na funda escuridão das sepulturas.
Deixai crescer, à solta, as ervas duras
Sobre os seus corpos vãos adormecidos.

E quando, à tarde, o Sol, entre brasidos,
Agonizar... guardai, longe, as doçuras
Das vossas orações, calmas e puras,
Para os que vivem, nudos e vencidos.

Lembrai-vos dos aflitos, dos cativos,
Da multidão sem fim dos que são vivos,
Dos tristes que não podem esquecer.

E, ao meditar, então, na paz da Morte,
Vereis, talvez, como é suave a sorte
Daqueles que deixaram de sofrer.

Pedro Homem de Mello, in "Caravela ao Mar"

segunda-feira, 13 de novembro de 2023

quarta-feira, 8 de novembro de 2023

Os Parques Infantis de Fernanda de Castro

 


D.L.

"O nome de Fernanda de Castro está ligado à criação e desenvolvimento dos primeiros Parques Infantis Portugueses, cujo termo ela mesma inventou, tal como explica nas suas memórias. ... Já em Portugal, foi Ricardo Espírito Santo quem contribuiu para a construção do primeiro Parque Infantil. Situado no tabuleiro inferior do Jardim de São Pedro de Alcântara, espaço cedido pelo vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Luís Pastor Macedo, foi inaugurado a 6 de Dezembro 1933. Ao Parque Infantil n.º 1, de São Pedro de Alcântara, se seguiriam muitos outros por toda a Lisboa: o Parque do Campo Grande, maior, com espaço para 150 crianças; o Parque das Necessidades; o de Santa Catarina e o Parque de Alcântara, frequentados, ao todo, por 750 crianças pobres, dos dois sexos, com idades compreendidas entre os três aos dez anos. Os parques infantis passariam depois a ser financiados com fundos do Estado e contribuições de particulares. Depois de 40 anos de dedicação a este trabalho, Fernanda de Castro fez a entrega dos parques infantis à Santa Casa da Misericórdia, que os tomou inteiramente à sua responsabilidade. ..." (ler+)