sábado, 3 de março de 2012

O Palace Valle-Flôr, ora Pestana


O Occidente



Mais fotos, para abrir o apetite :-) http://www.pestanapalacelisbon.com/pt/bem-vindo-ao-pestana-palace-em-lisboa.html e alguma história do que é agora o Pestana Palace e resultou de uma exemplar recuperação do Palácio Valle Flor, edifício que está classificado como Monumento Nacional http://pt.wikipedia.org/wiki/Hotel_Pestana_Palace
O Marquês Valle-Flor
José Constantino Dias, nasceu em Murça -Trás-os-montes, a 19 de Março de 1855. Faleceu em Bad-Nauheim -Alemanha, em 20 de Julho de 1932.
Fidalgo cavaleiro da Casa Real, Comendador da Ordem de Na Sra. da Conceição de Vila Viçosa. Grande proprietário na ilha de S. Tomé, e Presidente de Câmara da mesma ilha.
Muito jovem iniciou a aventura ultramarina. Início em 1871, como empregado num estabelecimento comercial. Em 1874 muda a sua actividade para a agricultura, que era o seu objectivo. O seu primeiro negócio surge logo em 1877. Em 1882 adquiriu a Roça Bela Vista, que serviu de lançamento para o que viria a ser uma das maiores fortunas de Portugal. Estava definitivamente marcada a sua presença em S. Tomé. Fortuna baseada no cultivo do cacau. Foi grandemente elogiada a sua moderna, e eficiente gestão das propriedades, que permitiu tão rápida ascensão.. Casado com D. Maria do Carmo Ferreira Pinto, que nasceu em 1872,. e faleceu em Lisboa, a 12 de Novembro de 1952.
Dedicada amiga de D. Amélia, consta que estaria com ela em Paris aquando do regicídio. Ao contrário do marido, não era adepta das festas e bailes organizados no palácio. A sua descrição fica patente na instalação de um elevador para seu uso privado, o que permitia percorrer os vários pisos do palácio de forma bastante discreta, como era seu apanágio.
Do seu casamento nascem 3 filhas e 1 filho, José Luís de Valle-Flor, mais tarde viria a ter a permissão de utilização do titulo de 2° Marquês, estatuto atribuído por D. Manuel II, que entretanto já se encontrava exilado.
Em memória de seus filhos e marido, a Marquesa cria a Fundação Valle-Flor. Tinha como objectivo atribuir prémios a raparigas e rapazes pobres, que se distinguiam por dotes de caracter e bondade. Um prémio anual que se mantém na actualidade. Entregue em cerimónia solene e habitualmente conta com a presença do Presidente da República na época natalícia.
O Instituto Marquês de Valle-Flor, também criado pela Marquesa, tinha como objectivos definidos, a realização de estudos e trabalhos científicos sobre as províncias ultramarinas. Com especial incidência sobre S. Tomé. Estudos dedicados aos aspectos sociais, morais, sanitários e económicos, assim como das possíveis melhorias dessas mesmas condições. O Instituto foi dotado de excelentes condições, tais como, 10 milhões de escudos (1950), e como sede o palácio Valle-Flor, ou o objecto da sua venda. Venda que apenas se concretizou na década de 90 Face aos objectivos a que se propunha realizar, o governo através de decreto, em Agosto de 1951, determinou que este Instituto seria de utilidade pública nacional, homologando ao mesmo tempo os seus estatutos.
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1 comentário:

  1. Marques...viveu aqui e nasceu...a quinta dele,era paredes meia com a nossa!!!

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