Pese embora o facto de ter sido o Fado guindado a Património Imaterial da Humanidade e que, por esse mundo fora, tenha muito quem o adore, a verdade é que, por terras lusas, há ainda muito bom menino e menina que, mesmo sem conhecê-lo continua a achar que não gosta... uns, porque entendem que é coisa reles, do povo, sem aquela elevação intelectual que os seus estros merecem, outros porque são alérgicos ao que é nacional, alguns porque sim e algumas porque não e, pior que estes, quanto a mim, há os que agora dizem gostar, apenas porque o Fado está na moda... Claro que, cada um tem os seus gostos e o direito a não gostar seja do que for, por melhor que seja, mas, a todos, queria propor duas coisas
- que leiam o melhor ensaio que sobre a matéria se produziu nos últimos tempos e que está aqui à vossa espera
e
- que oiçam este fado, do compositor e letrista Frederico de Brito, interpretado por Raul Pereira
Depois, digam de vossa justiça!...
Eu, de facto, sou daquelas meninas que não gosta de fado. Mas permito-me dizer que não é por nenhuma dessas razões. Não gosto desde menina pequenina. Dá-me uma grande tristeza, põe-me um grande nó na garganta. Desde menina pequenina. E não lido bem com a tristeza, com a nostalgia. Gosto, porém, de alguns dos belos poemas que são cantados.
ResponderEliminarPois eu, que também sou pouco de lamechices e choraminguices, sou cada vez mais apaixonada pelo Fado, admiradora desses enormes letristas e compositores que têm produzido obras espantosas, através de muitas das quais se pode mesmo escrever pedaços de história da Cidade. No fado, nem tudo é triste ou nostálgico e nem mesmo a saudade é forçosamente triste, será?... Por ex., estes temas acerca do Tejo, terão algo de triste?
ResponderEliminarBjinho, Graça. Acho que o Fado ainda a vai conquistar... :-)