Este vídeo chegou-me hoje, via e-mail e, embora esteja disponível no Youtube, não resisto a publicá-lo aqui, quanto mais não seja para o ter mais à mão e o ir visionando de vez em quando- é que tenho a memória curta e há coisas que não quero esquecer...
O título que dei ao verbete, "PPC ao quadrado" pareceu-me adequado, uma vez que este vídeo lembra as Promessas Por Cumprir de Pedro Passos Coelho...
E, se fossem apenas Promessas Por Cumprir!... Não! Uma coisa é não cumprir o que se prometeu, outra é fazer precisamente o contrário do que se prometeu, como faz Pedro Passos Coelho. Como se há-de classificar um indivíduo destes, que mente com quantos dentes tem na boca, que prometeu "salvar-nos" do Pinóquio e mostrou depois ser igual ou pior que ele?...
A mim, que, nos idos de 90 e nos alvores do novo século, assisti impotente a um feroz e descarado assalto ao aparelho do Estado e à sua sistemática e cirúrgica destruição, perpetrados por hordas de gente ignorante e incapaz, cujo único e indispensável diploma de acesso era o cartão de um partido político, a mim, ninguém me tira da cabeça que esta gente veio, a soldo de outras nações, com a colaboração do Capital e de Sociedades discretas, esta gente veio mesmo para acabar connosco... mas Democraticamente, claro!...
Que nome se há-de dar a esta gente??... E a nós, que nome se há-de dar, que, calma e esperançosamente, temos em tudo vindo a consentir e colaborar?!... Enfim, grande parte de nós continua como sempre - a mandar pôr trancas na porta, mas só depois da casa roubada, a não acautelar as suas barbas mesmo quando as dos vizinhos já estão a arder... Somos um povo generoso e confiante; ingénuo, de certa maneira... Dessa nossa bonomia se aproveitam "eles" para atingir fins, sem olhar a meios, com o maior desprezo por todos quantos não são do klã, esquecendo que somos nós que os elegemos e suportamos para nos servirem, servirem a Nação e não o contrário, como têm feito... Estes são os novos vampiros, tão iguais ou piores do que os que Zeca Afonso assim cantou:
No céu cinzento sob o astro mudo
Vêm em bandos com pés de veludo
Chupar o sangue fresco da manada
Se alguém se engana com seu ar sisudo
E lhes franqueia as portas à chegada
Eles comem tudo eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada [bis]
A toda a parte chegam os vampiros
Poisam nos prédios poisam nas calçadas
Trazem no ventre despojos antigos
Mas nada os prende às vidas acabadas
São os mordomos do universo todo
Senhores à força mandadores sem lei
Enchem as tulhas bebem vinho novo
Dançam a ronda no pinhal do rei
Eles comem tudo eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada
No chão do medo tombam os vencidos
Ouvem-se os gritos na noite abafada
Jazem nos fossos vítimas dum credo
E não se esgota o sangue da manada
Se alguém se engana com seu ar sisudo
E lhe franqueia as portas à chegada
Eles comem tudo eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada
Eles comem tudo eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada
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