domingo, 18 de junho de 2023

LISBOA por CADENAS

 

D.L.

Cadenas no Salão Bobone

Modesto Sánchez Cadenas (n. Madrid; 18991​ - f. León; 21 de noviembre de 1936)

"Al pintor Modesto Cadenas no solo le fusilaron, sino que ejecutaron su memoria. El historiador Víctor del Reguero acaba de publicar su biografía en el Diccionario de la Real Academia de la Historia. ..." (ler+)

sexta-feira, 16 de junho de 2023

DAVID MOURÃO-FERREIRA

 


A Árvore

David de Jesus Mourão-Ferreira (Lisboa, 24 de fevereiro de 1927 — Lisboa, 16 de junho de 1996) 

domingo, 11 de junho de 2023

A CONCHA


Alm.DasArtesELetras

António Cândido Gonçalves Crespo (Rio de Janeiro, Brasil, 11 de Março de 1846 - Lisboa, 11 de Junho de 1883)

terça-feira, 6 de junho de 2023

GOMES LEAL



D.L.26

António Duarte Gomes Leal (Lisboa, 6 de junho de 1848 — 29 de janeiro de 1921) foi um poeta e crítico literário português. ... (ler+)

 "Claridades do Sul"


Carta ao Mar

Deixa escrever-te, verde mar antigo,

Largo Oceano, velho deus limoso,

Coração sempre lyrico, choroso,

E terno visionario, meu amigo!


Das bandas do poente lamentoso

Quando o vermelho sol vae ter comtigo,

— Nada é mais grande, nobre e doloroso,

Do que tu, — vasto e humido jazigo!


Nada é mais triste, tragico e profundo!

Ninguem te vence ou te venceu no mundo!...

Mas tambem, quem te poude consollar?!


Tu és Força, Arte, Amor, por excellencia! —

E, comtudo, ouve-o aqui, em confidencia;

— A Musica é mais triste inda que o Mar!

                                               in "Claridades do Sul"


D.L.35


Rev Mun.41


O Selvagem

Eu não amo ninguem. Tambem no mundo

Ninguem por mim o peito bater sente,

Ninguem entende meu sofrer profundo,

E rio quando chora a demais gente.


Vivo alheio de todos e de tudo,

Mais callado que o esquife, a Morte e as lousas,

Selvagem, solitario, inerte e mudo,

— Passividade estupida das Cousas.


Fechei, de ha muito, o livro do Passado

Sinto em mim o despreso do Futuro,

E vivo só commigo, amortalhado

N'um egoismo barbaro e escuro.


Rasguei tudo o que li. Vivo nas duras

Regiões dos crueis indifferentes,

Meu peito é um covil, onde, ás escuras,

Minhas penas calquei, como as serpentes.


E não vejo ninguem. Saio sómente

Depois de pôr-se o sol, deserta a rua,

Quando ninguem me espreita, nem me sente,

E, em lamentos, os cães ladram à lua...

                                             in "Claridades do Sul"


AlbumDasGlorias1881