quinta-feira, 2 de maio de 2024

Da administração do "morgadio da língua"

 

D.L.

"... O Acordo Ortográfico de 1990 chegou à década de 2020 sem adoção completa pelos países de língua oficial portuguesa e sem atingir seus objetivos de unificação da ortografia e compilação de um vocabulário comum à Lusofonia. Atualmente, entre os membros da CPLP, apenas Portugal, Brasil e Cabo Verde implantaram o acordo em todas as suas etapas de assinatura, ratificação e transição ortográfica, enquanto o mesmo processo apresenta pendências em demais países de língua oficial portuguesa, inclusive havendo um país, Angola, que nem sequer o ratificou.[16] A ortografia anterior à reforma persiste em vários países, inclusive nas redações de jornais angolanos e moçambicanos. ... 

Acordo Ortográfico de 1945. Este acordo tornou-se lei em Portugal pelo Decreto n. 35.228/45.[22] No Brasil, o Acordo de 1945 foi aprovado pelo Decreto-Lei n. 8.286/45,[23] mas não foi ratificado pelo Congresso Nacional, sendo por fim revogado pela Lei n. 2.623/55,[24] continuando os brasileiros a regular-se pela ortografia do Formulário Ortográfico de 1943.[25]

Novo entendimento entre Portugal e o Brasil — efetivo em 1971 no Brasil e em 1973 em Portugal — aproximou a escrita dos dois países, suprimindo-se os acentos gráficos responsáveis por 70% das divergências entre as duas ortografias oficiais[26] e aqueles que marcavam a sílaba subtónica nos vocábulos derivados com o sufixo -mente ou iniciados por -z- (ex.: sòmente, sòzinho, pèzão). Novas tentativas de acordo saíram goradas em 1975 — em parte devido ao período de convulsão política que se vivia em Portugal — e em 1986 — devido à reação que se levantou em ambos os países, principalmente a propósito da supressão da acentuação gráfica nas palavras esdrúxulas (ou proparoxítonas).[27]

No entanto, como, segundo os proponentes da unificação, a persistência de duas ortografias oficiais da língua portuguesa — a luso-africana e a brasileira — impedia a unidade intercontinental do português e diminuía o seu prestígio no mundo, foi elaborado um "Anteprojeto de Bases da Ortografia Unificada da Língua Portuguesa"[28] em 1988, atendendo às críticas feitas à proposta de 1986, que conduziu à assinatura do novo Acordo Ortográfico em 1990.[3][29] ..."

(ler+)

terça-feira, 30 de abril de 2024

"La Gondola"

 



D.L.51

" O La Gondola, restaurante "irrepetível" de Lisboa, fecha esta semana

...O destino do La Gondola está escrito há vários anos. Em Julho de 2015, a Câmara Municipal de Lisboa e o Montepio chegaram a acordo para finalmente resolver um diferendo que se arrastava desde meados dos anos 80. Por permuta, a câmara recebeu duas parcelas na Praça de Espanha e a associação mutualista ficou dona de um terreno entre a Avenida de Berna e a Avenida Santos Dumont. É aí que fica o restaurante, numa casa arrendada à câmara desde 1951.
...É Agosto de 2017 e ainda não houve a “efectiva desocupação do edifício de pessoas e bens” que devia ter acontecido até ao fim do ano passado. O PÚBLICO tentou, por isso, obter esclarecimentos junto da câmara e do Montepio. No início de Junho, o gabinete de comunicação da autarquia confirmou que foi o município a “negociar o acordo de revogação” com o La Gondola e que “o fez até 31 de Dezembro de 2016”. ... (ler+)



Por enquanto, ainda não deu lugar a nada, ou melhor, deu lugar ao que mostram as recentes fotos (Abril 2024)





sábado, 27 de abril de 2024

PEDRO OOM

 

D.L.

Pedro Oom, o poeta que morreu de felicidade.

"... Morreu no dia 26 de abril de 1974, pelas duas e trinta da tarde, no Restaurante “13” quando, com alguns amigos, festejava os acontecimentos da véspera.

Segundo José Jorge Letria, no seu livro E tudo era possível (Clube do Autor, 2013), Pedro Oom terá falecido no dia 30 de Abril de 1974, "fulminado por um ataque cardíaco", no aeroporto da Portela, no regresso do exílio em Paris de José Mário Branco, Luís Cília e Álvaro Cunhal: "Um poeta surrealista acabara de morrer, na hora da celebração do regresso dos exilados à pátria reconciliada com a liberdade e com a promessa de um futuro democrático", escreveu José Jorge Letria. ..." (daqui)

Evocação de Pedro Oom, poeta surrealista que morreu a 26 de Abril de 1974. (RTP)


PODE-SE ESCREVER

Pode-se escrever sem ortografia
Pode-se escrever sem sintaxe
Pode-se escrever sem português
Pode-se escrever numa língua sem saber essa língua
Pode-se escrever sem saber escrever
Pode-se pegar numa caneta sem haver escrita
Pode-se pegar na escrita sem haver caneta
Pode-se pegar na caneta sem haver caneta
Pode-se escrever sem caneta
Pode-se sem caneta escrever caneta
Pode-se sem escrever escrever plume
Pode-se escrever sem escrever
Pode-se escrever sem sabermos nada
Pode-se escrever nada sem sabermos
Pode-se escrever sabermos sem nada
Pode-se escrever nada
Pode-se escrever com nada
Pode-se escrever sem nada

Pode-se não escrever

sexta-feira, 26 de abril de 2024

VERGÍLIO AMARAL

 




" Virgilio de Sousa Amaral, nasceu em Arcos de Valdevez no dia 26 de Abril de 1894 e faleceu a 19 de Fevereiro de 1952.

Ao longo da sua vida foi pintor, desenhista e poeta. Cursou na Escola Superior das Belas Artes e o Curso de Ciencias Pedagogicas.
Publicou obras como "Do Meu Cantar" em 1927; "Ao Som do Cavaquinho" em 1928; "Esturdia de Ritmos", "Fiando a Minha Roca" em 1933; e "Bagos de Luz" em 1947.
Em 15 de Novembro de 1935 tomou posse do cargo de professor na Escola Comercial em Braga e colaborou em diversos jornais, assim como na Revista Serrana e no Almanaque Arcoense.
Com extraordinaria sensibilidade para o desenho, deixou obras-primas no campo da pintura.
Espero ter ajudado.
Melhores cumprimentos,

Hernani Sottomayor Araujo " (daqui)



quinta-feira, 25 de abril de 2024

"As rãs clamam por um rei"

 



Atlantida

" JOÂO DE DEUS RAMOS, nasceu na freguesia do Coração de Jesus, em Lisboa, no ano de 1878. Faleceu ás 11.30 do dia 15 de Novembro de 1953, quando estava trabalhar no Museu João de Deus, em Lisboa. 
...
Dedicou-se ao fabulário infantil publicando Fábulas : Versos usando o pseudónimo Pedro Barto. A obra foi ilustrada por Leal da Câmara e por J. Gyrão. 
..."

sexta-feira, 19 de abril de 2024

GUALDINO GOMES e o seu regresso à Brasileira

 



D.L.

"... Gualdino Gomes nasceu em Lisboa, em 19 de Abril de 1857. Nesta cidade passou a infância e fez os seus estudos, licenciando-se em Letras (Curso Superior de Letras). ..." (ler+)