domingo, 7 de junho de 2009

"BARCOS DO TEJO"

Cá no alto do castelo / Está S. Jorge a dominar / Olha o Tejo com desvelo / A vê-lo correr pró mar / Vejo as velas tão branquinhas / Barquinhos a deslizar / Os barcos são alfacinhas / E não vão, não vão pró mar

Barcos do Tejo
P’lo rio afora
Eu bem os vejo
Namorar Lisboa
Iguais as velas
Que deram fama
Às caravelas
De Vasco da Gama
Barcos do Tejo
A navegar
Que eu bem os vejo
Olhando pró mar
Barcos do Tejo
Velas à vela
São filigrana de Lisboa Nobre e tão bela
Destas muralhas com glória
Cá no alto do castelo
Deito os olhos pró Restelo
E oiço falar a História
Velas ao vento tal qual
As que vês lá em Belém
Mostraram ao mundo quem
E o valor de Portugal

Fernanda Maria interpreta este fado, com letra de Lopes Victor e música de Martinho d'Assunção, fado que evoca esses barcos cuja decoração é, sem dúvida, uma marca de identidade cultural ligada ao estuário do Tejo. Barcos de pesca, de transporte de mercadorias ou de passageiros, os varinos, as fragatas, catraios, faluas, canoas, botes de fragata, entre outros tipos de embarcações, fazem parte do património e cultura de todas as povoações ribeirinhas que, como a de Lisboa, têm o estuário do "Tejo a seus pés".

4 comentários:

  1. Está óptimo! Era bom reunir aqui todos os fados sobre Lisboa, em vídeos da sua autoria. Ainda bem que falou do Cine Royal que tantas histórias teve no Bairro da Graça, um dos grandes bairros fadistas, de onde veio o Camarinha, o Santos Moreira, o José Porfírio e tantos, tantos outros.
    Okawa Ryuko.

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  2. Adivinhou! É minha intenção ir editando neste blog os fados que tenho sobre Lisboa, em forma de vídeo. E, sempre que possível, publicar a letra.
    O Cine Royal é uma daquelas situações que me toca; passo por lá, de propósito, algumas vezes, só para ver a evolução... nem percebo o porquê desta minha preocupação tão específica, qdº há casos bem mais gritantes que conheço!
    Por falar em Fado e fadistas da Graça,"descobri" lá perto uma tasca de "fado vadio" que deve ser mtº interessante e vai ser assunto de um próximo post.
    OP

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  3. Olá Ofélia:

    Finalmente posso enviar um comentário a este seu novo blog, já que estou a escrever no computador da irmã da Erin. Acho que a sua ideia de editar fados sobre Lisboa e publicá-los neste blog é óptima. Sem dúvida vai ter você bem trabalho, pois há muitíssimos fados que falam de Lisboa, mas quero dar-lhe meus parabéns por um trabalho muito bem feito. Alegra-me que você esteja a apresentar ao mundo a beleza de Lisboa neste novo blog!

    Beijinhos meus e da Erin!

    Antón.

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  4. Bem vindo, Antón!
    Muito obrigada pelo cumprimento a este meu trabalho, que já tinha em mente há bastante tempo, mas com pouco tempo para pôr em prática...
    De facto, adoro Lisboa, esta minha cidade de adopção, embora divida o meu coração com a minha cidade natal -Leiria. Sendo Lisboa o berço do Fado,é natural que por ele seja cantada, se bem que os vates o façam menos agora...
    Este irá ser um trabalho mais restrito do que o de Vitor Marceneiro, no seu blog LisboanoGuiness e com outro formato; mais restrito porque, na canção, só irei considerar o Fado, com outro formato porque a objectiva incidirá mais nos locais do que nos fadistas.
    Vamos a ver como vou descalçar esta bota!...

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