(1894 - 1930)
MISTÉRIO
Gosto de ti, ó chuva , nos beirados,
Dizendo coisas que ninguém entende!
Da tua cantilena se desprende
Um sonho de magia e de pecados.
Dos teus pálidos dedos delicados
Uma alada canção palpita e ascende,
Frases que a nossa boca não aprende,
Murmúrios por caminhos desolados.
Pelo meu rosto branco, sempre frio,
Fazes passar o lúgubre arrepio
Das sensações estranhas, dolorosas...
Talvez um dia entenda o teu mistério...
Quando, inerte, na paz do cemitério,
O meu corpo matar a fome às rosas!
(ler+)
Belas escolhas! Gostei especialmente do primeiro poema que não conhecia. Obrigada.
ResponderEliminarBeijinho.
Obrigada.
ResponderEliminarEspero que goste igualmente do de hoje.
Bjinho