"O Fado tem tal encanto,
Que é diverso em cada hora...
Suspira, guitarra, chora!
Cada hora tem seu pranto..."
D.L.26
Diplomata. Um dos maiores poetas do seu tempo.
António Joaquim de Castro Feijó nasceu na vila de Ponte de Lima em 1 de junho de 1859, na rua de Santo António[1]. Era filho de José Agostinho de Castro e Sousa Correia Feijó e de sua mulher D. Joana do Nascimento Malheiro Pereira de Lima e Sampaio.
Depois dos estudos preparatórios em Ponte de Lima e em Braga, em 1877 matriculou-se em Direito na Universidade de Coimbra, formação que concluiu em 1882. Terminado o curso, exerceu temporariamente a advocacia, mas depressa abandonou a profissão, para que não se sentia vocacionado, em favor da carreira diplomática. ... (ler+)
D.L.27
D.L.38
Pálida e Loira
Morreu. Deitada num caixão estreito,
pálida e loira, muito loira e fria,
o seu lábio tristíssimo sorria
como num sonho virginal desfeito.
Lírio que murcha ao despontar do dia,
foi descansar no derradeiro leito,
as mãos de neve erguidas, sobre o peito,
pálida e loira, muito loira e fria.
Tinha a cor da raínha das baladas
e das monjas antigas maceradas
no pequenino esquife em que dormia.
Levou-a a morte em sua garra adunca,
e eu nunca mais pude esquecê-la, nunca!
pálida e loira, muito loira e fria.
Líricas e Bucólicas, 1884
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