quinta-feira, 13 de março de 2025

JAIME (Sanches) CÂMARA

 

I.P.

(ler)

"... Jaime Sanches Câmara nasceu no Funchal, na Rua das Cruzes, freguesia de São Pedro, a 13 de março de 1881, e faleceu na mesma cidade, a 24 de dezembro de 1946.

Nas letras, dedicou-se essencialmente à poesia, género predominante na sua produção literária, tendo publicado na imprensa e em volume, usando a ilha da Madeira como musa para compor grande parte das suas criações, a qual destacamos nesta notícia Fructos (1920). ..." (ler+)

"... Nas letras, dedicou-se essencialmente à poesia, género predominante na sua produção literária, tendo publicado na imprensa e em volume. Usando a ilha da Madeira como musa para compor grande parte das suas criações, estreou-se em 1907, com o livro Poema Antigo. Mais tarde, deu à estampa Fructos (1920), Estela (1926) e Poemêtos da Ilha: Insulares (1929).

É o autor dos versos intitulados “Suave Responso”, que figuram no Monumento aos Mortos na Manhã de 3 de Dezembro de 1916, uma obra do escultor Francisco Franco, inaugurada a 3 de dezembro de 1917 no antigo cemitério das Angústias, à R. Imperatriz D. Amélia, e transferida em 1946 para o cemitério de N.ª S.ª das Angústias.

Em 1921, no Teatro Dr. Manuel de Arriaga, foram declamados os seus poemas “A Sombra”, numa Festa de homenagem à atriz Maria Matos e “Último Dia na Madeira”, na despedida da companhia de teatro Maria Matos-Mendonça de Carvalho.

Em 1922, por ocasião das comemorações centenárias do descobrimento do arquipélago, Jaime Câmara colaborou, junto com outros intelectuais madeirenses, no opúsculo intitulado V Centenário do Descobrimento da Madeira, da responsabilidade da Comissão de Propaganda e Publicidade, com a coordenação do P.e Fernando Augusto da Silva.

Escreveu as peças de teatro Júnia: Episódio de Tragédia (1918), alusiva aos tempos do império romano, com música de César Santos e ilustrações de Alfredo Miguéis, que foi representada no Teatro Funchalense, e Auto dos Vilões. Nesta última, o poeta, inspirado na Madeira quinhentista, criou um original auto de natal, cuja ação se desenrola em volta do presépio. A obra, composta em linguagem arcaica, mas de enredo simples, revela quadros de vida do povo madeirense, o seu falar pitoresco, os seus cantares, as suas festas e o seu forte espírito religioso. Estão, assim, reunidos na peça, elementos do folclore da Madeira, dos tempos da descoberta e do povoamento, que o autor recriou e contribuiu para preservar. ... (daqui)

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